A sessão desta segunda-feira (25) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi finalizada em menos de 20 minutos. Os parlamentares decidiram cancelar os trabalhos em razão da morte do ex-vereador Joaquim Lucena, presidente municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
O líder do partido na casa, vereador Marcelo Serafim, chegou a pedir a suspensão da sessão para acompanhar o cortejo fúnebre.
“Peço um minuto de silêncio, senhor presidente, depois eu pediria que a sessão fosse suspensa até a saída do cortejo. Acho que é uma forma de respeito deste parlamento a um membro que tanto fez pela Câmara e pela cidade de Manaus”, disse.
Em seguida, o vereador Wallace Oliveira (sem partido) prestou suas condolências e sugeriu que, em vez de suspensa, a sessão fosse encerrada. O vereador Raulzinho (PSDB), vice-líder da Prefeitura de Manaus, concordou com a sugestão, bem como a vereadora Glória Carrate (PL). O vereador Raiff Matos (DC) também se pronunciou e pediu que as bandeiras hasteadas na CMM fossem colocadas a meio mastro – como forma de demonstrar luto. O pedido foi acatado pelo presidente Caio André (Podemos).
O parlamentar Marcel Alexandre (Avante) também lamentou a morte de Joaquim Lucena, com quem teve “o privilégio de ser vereador”.
“Presença combativa, de boas ideias, espírito político elevado, participante, amigo, conselheiro, fiel ao lado que ele abraçava. Quem teve o privilégio de conhecer o Joaquim Lucena, aquela pessoa de sorriso a vida toda, que estava pronto para construir caminhos e soluções, vai saber que ele será uma grande falta nesse contexto político”, declarou.
Após a leitura da ata e do minuto de silêncio, a sessão foi encerrada.
Joaquim Lucena
O ex-vereador Joaquim Lucena morreu aos 60 anos de idade nesse domingo (24), vítima de câncer no intestino. Como parlamentar, ocupou uma cadeira na CMM pelo PSB entre os anos de 1996 a 1999 e 2009 a 2012.
Foi também membro do secretariado durante a gestão de Serafim Corrêa (PSB) na Prefeitura de Manaus entre os anos de 2005 e 2009.
Sua vida política começou no sindicalismo, promovendo uma das maiores greves no Polo Industrial de Manaus durante a década de 1980. Membro do Sindicato dos Metalúrgicos, o qual presidiu entre 1992 e 1994, ingressou na política partidária por meio do Partido dos Trabalhadores (PT), mas deixou a agremiação por divergências com José Dirceu.
Logo após deixar o PT, filiou-se ao PSB e nele permaneceu até sua morte.
Serafim Corrêa divulgou nota de pesar pela morte do companheiro político.
“Nos honrou na posição de vereador de Manaus por dois mandatos e secretário municipal na cidade de Manaus. Perdemos um líder, um amigo, um irmão e um dos nossos maiores exemplos. Nosso partido está de luto, mas consciente de que precisamos continuar a luta para honrar os sonhos e ideais de um dos nossos maiores companheiros”, escreveu.