O prefeito Simão Peixoto (MDB) foi novamente afastado por 180 dias do comando da Prefeitura de Borba em meio à Operação Voz do Poder, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O gestor é acusado de manipulação de testemunhas em uma investigação que apura desvio de recursos públicos para compra de merenda escolar em 2020, no âmbito da pandemia de Covid-19.
Até o final da tarde desta terça-feira (9), entretanto, a PF ainda não havia cumprido o mandado de prisão contra o prefeito. Em resposta ao jornal A Crítica, o advogado de Peixoto afirmou que ele não tinha conhecimento do pedido de prisão e que iria “prestar esclarecimento, sim, à Justiça Federal”.
“Ainda hoje ele irá à Justiça Federal. Ele ainda não tem conhecimento do pedido de prisão, até porque a Polícia Federal não deixou a cópia da decisão para Justiça Federal, apenas encaminhou um ofício”, afirmou.
O representante do prefeito disse ainda que a PF apareceu na Prefeitura de Borba trazendo um ofício mencionando a Câmara Municipal para confirmar o afastamento de Peixoto, mas pontuou que “como o processo corre em segredo de Justiça, não sabemos ainda se há ou não, se é verdadeiro ou não, o pedido de prisão”.
O chefe da investigação, Domingos Sávio, afirmou que o mandado foi expedido, mas que a detenção não foi cumprida após os advogados afirmarem que o próprio Simão Peixoto se apresentará à Justiça.