A professora e representante do Sindicato dos Professores do Amazonas, Simone Tavares, teve recebeu uma cessão de tempo no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para solicitar o pagamento integral da recomposição salarial. Em março deste ano, o a Prefeitura enviou à CMM o projeto de lei que fixa, a partir de 1º de abril de 2024, o pagamento do percentual de recomposição das remunerações dos profissionais da educação de 1,25%, o equivalente a R$ 30.
De acordo com a matéria, o pagamento é referente à data base 2023/2024, resultante da aplicação do índice fracionário, acumulado de maio a dezembro de 2023.
“No documento não fala de reajuste, o que levantou a indignação da categoria. Nós não queremos o parcelamento do pagamento de 1,25% e solicitamos o reajuste de salário, cobramos a valorização da nossa categoria, investigação sobre o Manausmed e CPI do Fundeb. A nossa luta não é somente pelo aumento de salário, mas também pela melhoria da qualidade de ensino nas escolas de Manaus. Recentemente tivemos uma alteração no pagamento da data-base, que parcelava para abril e junho”, enfatizou Simone Tavares.
A vereadora Professora Jacqueline (União) criticou a proposta de reajuste apresentada pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).
“Não tivemos uma minuta para analisar, para conversar sobre um reajuste, não tivemos uma consulta prévia à categoria. Tivemos a surpresa que a prefeitura propôs um aumento de apenas 1,25%, uma medida que, segundo documentos, resultaria em ganhos ínfimos para os educadores, que não representa nem sequer a reposição da inflação que é 1,75%”, destacou Jacqueline.
Jaqueline ainda destacou que o valor a ser reajustado “não é digno para um profissional que trabalha diariamente”.
“O professor tem que atingir as metas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), atingir as metas das provas institucionais para satisfazer a sociedade. O professor que tem um aumento depois desse trabalho, de metas por cima de metas, é preocupante e eu vejo a partir de hoje uma greve no ano letivo caso os devidos reajustes não sejam feitos de acordo com a carga horária de cada profissional”, destacou a parlamentar.