A Polícia Federal encontrou R$ 20 mil em espécie durante uma vistoria no Aeroclube de Manaus, nesta terça-feira (10), envolvendo o deputado estadual Sinésio da Silva Campos e sua assessora de gabinete, Arlene Cardoso de Santana Rocha. Cada um estava com R$ 10 mil. A ação ocorreu em um contexto de fiscalização eleitoral, dado o período de campanhas políticas.
Conforme a Polícia Federal, Arlene e Sinésio apresentaram versões contraditórias sobre a origem e o destino do dinheiro. Inicialmente, Arlene afirmou que os R$ 10 mil encontrados em sua mala eram de sua propriedade e que havia sacado a quantia. No entanto, mais tarde, ela alegou que o dinheiro havia sido entregue pelo deputado para cobrir os custos da viagem da comitiva, composta por quatro pessoas.
Sinésio, por sua vez, confirmou que havia entregue o montante à assessora para cobrir despesas com hospedagem, alimentação e transporte. Entretanto, o parlamentar não conseguiu justificar imediatamente a origem do valor, mencionando apenas que era fruto de seu trabalho.
Como Sinésio possui imunidade parlamentar, não podendo ser preso, exceto em flagrante por crime inafiançável, a Polícia Federal optou por apreender o dinheiro e continuar a investigação.
O caso será encaminhado para análise da Justiça Eleitoral, que avaliará a possível ligação entre o valor apreendido e o financiamento de campanhas eleitorais. A assessoria jurídica de Sinésio e Arlene acompanhou todo o procedimento, e ambos foram orientados sobre o direito ao silêncio.
A apreensão foi formalizada e o valor encaminhado à Caixa Econômica Federal. O caso seguirá para a Delegacia Regional de Polícia Judiciária, que irá decidir sobre a continuidade das investigações.