O projeto “Viva Mindu”, apresentado recentemente pela Prefeitura de Manaus ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), busca recursos para enfrentar problemas históricos que afetam os igarapés da capital, especialmente o igarapé do Mindu. Com 22 quilômetros de extensão e atravessando 17 bairros, o igarapé sofre com poluição, ocupações irregulares e degradação ambiental acumulada ao longo de décadas.
O plano está em fase de elaboração e diagnóstico, com algumas ações-piloto já em andamento. Entre as propostas, destacam-se a recuperação da vegetação nativa, a gestão de resíduos, a criação de áreas verdes e a conscientização ambiental.
Apesar do avanço inicial do projeto, especialistas alertam para os gargalos estruturais que comprometem a saúde dos igarapés da cidade. A ausência de saneamento básico em grande parte de Manaus e o descarte irregular de resíduos sólidos e líquidos são apontados como os principais fatores de poluição.
Ecobarreiras e coleta de resíduos
Em paralelo ao desenvolvimento do “Viva Mindu”, a Prefeitura opera 10 ecobarreiras em pontos estratégicos da capital, que funcionam como filtros para reter resíduos sólidos. Esses equipamentos coletam cerca de 240 toneladas de lixo por mês e estão instalados em locais como os igarapés do Franco, Passarinho e 40, além de bairros como Coroado e Alvorada.
Embora iniciativas como o “Viva Mindu” e as ecobarreiras representem avanços, especialistas reforçam que soluções estruturais, como a ampliação da rede de saneamento e ações de fiscalização, são indispensáveis para reverter a degradação dos igarapés de Manaus.