16 vereadores de Manaus apoiaram uma proposta que acaba com o recesso do meio do ano dos parlamentares da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Mas isso porque acreditavam que o projeto era de autoria do presidente da Casa, vereador David Reis (Avante). Logo depois que Reis informou que não é autor e, além disso, não é favorável ao fim da folga deles, 14 vereadores retiraram a assinatura do projeto.
“Quero de público dizer que não assinei. Cada um tem o seu entendimento. O recesso é um momento propício para nos aproximarmos do eleitorado”, declarou Reis ao se posicionar contra a proposta e ele disse que outros vereadores também retiraram as assinaturas ao perceberem que o projeto não era de autoria dele. Assim como outros vereadores, Reis culpou a própria assessoria pelo equívoco de assinar virtualmente a proposta.
Contraditórios
Quando se acreditava que a proposta era de Reis, assinaram os vereadores: Caio André (PSC), Everton Assis (PSL), Daniel Vasconcelos (PSC), Diego Afonso (PSL) , David Reis (Avante), Antônio Peixoto (PTC), Jaildo Oliveira (PCB), Jander Lobato (PTB), Lissandro Breval (Avante), Raulzinho (PSDB), Sandro Maia (DEM), Thaysa Lippy (Progressistas) e Yomara Lins (PRTB), Kennedy Marques (PMN), Carpê Andrade (Republicanos) e o autor, Rodrigo Guedes (PSC). Depois da manifestação de David Reis, somente os três últimos nomes se mantiveram apoiando o fim do recesso parlamentar de junho.
“O projeto foi assinado digitalmente em virtude da assessoria do presidente tê-lo colocado como autor da proposta, mas somente hoje eu ouvi o vereador Rodrigo tratar do assunto!”, disse o vereador Caio André ao Manaus 360º. Apesar da declaração, ele acrescentou, “O que condiciona a minha assinatura não é a autoria, mas sim o teor da propositura”.
Vereador Rodrigo Guedes defende a proposta
“Óbvio que o nosso trabalho é aqui, mas é na rua também, mas não é assim que a população vê”, defendeu o autor da matéria ao pedir o apoio dos colegas de parlamento. “Esse é um privilégio que o cidadão comum não têm”, completou o vereador Rodrigo Guedes ao defender a alteração na Lei Orgânica do Município (Loman).
Para o projeto de emenda tramitar oficialmente é necessária a assinatura de 14 parlamentares, um terço do total de vereadores da Casa Legislativa, e até esta segunda-feira, os vereadores Carpê Andrade, Amom Mandel (Podemos) e Kennedy Marques assinaram a propositura, além do próprio autor.