Somente nesta semana, no dia 23 de julho, a Prefeitura de Manaus tornou pública a renovação do contrato de mais de R$ 1,3 milhões com a Dantas Transporte LTDA, feita no dia 03 de agosto de 2020. Com esse atraso, de quase um ano, o extrato foi publicada no Diário Oficial de Manaus nesta semana, com a assinatura da secretária Kátia Helena Schweickardt, da gestão do prefeito anterior, Arthur Neto (PSDB).
Em 2019, a empresa ganhou as manchetes dos jornais locais por conta de um escândalo que derrubou o então secretário Luiz Castro, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM). Isso porque, naquele ano, o proprietário da transportadora, Francisco Luiz Dantas da Silva denunciou ao Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas (MPC) que pagava propina à agentes públicos para seguir o contrato com o Governo do Amazonas. Entretanto, meses depois, aos deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Dantas disse que mentiu ao MPC.
Além do escândalo que terminou de forma obscura, ao atender a Secretaria Municipal de Educação (Semed) também houve falhas. Ainda em 2019, mais de 200 profissionais terceirizados pela empresa entre motoristas, monitores e técnicos de manutenção pararam de trabalhar pela falta de pagamento de salários.
Dantas culpou a Prefeitura de Manaus
Na época, um representante da Dantas Transporte culpou à prefeitura da capital pela falta de pagamento do contrato, o que levou a falta de caixa para pagar os trabalhadores terceirizados. Por outro lado, a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) não comentou o caso.
O Manaus 360º questionou a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) sobre a publicação atrasada, mas não obtivemos resposta. Segundo o conselheiro Érico Desterro, do Tribunal de Contas de Estado do Amazonas (TCE-AM), o atraso prejudica a publicidade do ato, um dos princípios da administração pública. Assim, pode ser motivo para o Tribunal aplicar uma multa aos envolvidos.