A sessão desta segunda-feira (20) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi marcada pelo silêncio da maioria dos vereadores em relação à decisão judicial que suspendeu o edital para a construção do Anexo II da CMM.
Dos 41 parlamentares, apenas os vereadores Amom Mandel (sem partido), Capitão Carpê (Republicanos), Kennedy Marques (PMN), Rodrigo Guedes (PSC) e Sassá da Construção Civil (PT) se manifestaram em relação à obra, que estava orçada em R$ 31,9 milhões.
“Politicagem”
Mandel chegou a usar a tribuna para pedir que os colegas se posicionem publicamente em relação às licitações. “Faço apenas um apelo: para que todos que não se manifestaram, que se manifestem, portanto, e não aceitem calados a população se contraindo e sendo humilhado”, disse o vereador.
Em resposta, o vereador Sassá da Construção Civil disse que não foi questionado anteriormente sobre seu posicionamento. No mesmo sentido, Carpê fez críticas a Amom e Guedes. Segundo ele, a imagem que fica é a de que “são só eles dois levantando esta bandeira”.
“Nós não somos obrigados a pensar como os demais companheiros mas, sobretudo, respeitar e não utilizar de mecanismos para atacar A, B ou C”, ressaltou o parlamentar.
Para o vereador Kennedy Marques, o episódio mostrou que vereadores teriam a intenção de faturar politicamente em cima dos colegas de parlamento. “Nós fomos eleitos para cuidar da cidade e não para pensar em uma futura eleição”, disse.
Ausência
Outro ponto notável na sessão desta segunda foi a ausência do presidente da Casa, David Reis (Avante). O pequeno expediente e a ordem do dia foram presididas pelo vereador Wallace Oliveira (Pros).
Nas redes sociais, o presidente da CMM publicou na tarde do domingo uma foto reunido sem máscara ao lado de colegas e com a legenda “O trabalho não para”.
A reportagem do Manaus 360° entrou em contato com a assessoria da Câmara para saber os motivos para a ausência de Reis, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.