Deputados estadual repercutiram, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (21), a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que julgou procedente denúncia contra o governador Wilson Lima (PSC) e mais 15 pessoas, tornando-os réus em processo sobre possíveis irregularidades na compra de respiradores durante a pandemia.
Os deputados Wilker Barreto e Dermilson Chagas, da oposição, pediram o afastamento do cargo o governador e o vice-governador, Carlos Almeida Filho (PSDB). Barreto afirmou que presidentes da República foram afastados de seus cargos por “delitos menores”.
Chagas disse que a decisão do STJ, de acolher denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), foi em memória das vítimas da pandemia no estado.
O líder do Governo da Aleam, deputado Felipe Souza (Patriota), ocupou a tribuna para destacar que a decisão dos ministros do STJ foi apenas pela admissibilidade da denúncia, não um julgamento e muito menos uma condenação.
“O que a oposição quer é causar uma instabilidade econômica e política”, disse Souza, afirmando que tal insegurança poderá refletir em diminuição de postos de trabalho e renda para a população.
O parlamentar disse ainda que o governador, assim como os demais, terá condições de se defender, apresentar todas as provas que assim julgar necessárias. “Ninguém fugirá de sua culpa, assim como os que forem inocentes serão apontados”, declarou.
Os deputados Carlinhos Bessa (PV), Dr. Gomes (PSC), Adjuto Afonso (PDT), Fausto Jr. (MDB) e João Luiz (Republicanos) também se manifestaram sobre o assunto.
Bessa e Fausto Jr. foram incisivos ao afirmar que o parlamento estadual em nenhum momento foi omisso, destacando que foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, e cujo trabalho resultou em um relatório contendo indicação de indícios de irregularidades.