As festas de final de ano foram a principal pauta desta segunda-feira (29) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), em mais um embate da oposição com a base do prefeito David Almeida (Avante).
O vereador Rodrigo Guedes apresentou um requerimento pedindo detalhamento dos gastos que a prefeitura fará nas festas de final de ano. O líder do prefeito, Marcelo Serafim (PSB), primeiro pediu a derrubada do requerimento, mas no fim acabou cedendo.
Durante sua fala, Guedes cobrou que o detalhamento dos gastos da prefeitura com as festas de final de ano apareça no Portal da Transparência e no Diário Oficial.
“Está obscuro. A gente não sabe dessas informações. O dinheiro não pertence nem ao prefeito nem à Prefeitura, mas sim ao cidadão que paga impostos. Salvador, que tem um dos maiores réveillons do Brasil, cancelou sua festa. Então não estamos tirando isso da nossa cabeça”, disse.
Base rejeita, mas volta atrás
A primeira reação de Marcelo Serafim foi dizer que o detalhamento pedido por Rodrigo Guedes era impossível de ser obtido.
“A gente não tem como ter todos os dados, inclusive de atrações locais, que estão sendo fechadas e finalizadas. Obviamente que isso demanda que tudo seja efetivado para que se possa fazer essa prestação de contas. Tem muita coisa que depende do quantitativo de pessoas que lá estarão”, disse.
Só que aí foi a vez de Amon Mandel (sem partido) entrar na conversa, questionando o motivo da impossibilidade na obtenção dos dados.
“Se não há como prestar essas informações porque o contrato não foi fechado ainda, então qual o problema de informar justamente isso, após o envio do requerimento. Não consigo entender, a não ser que tenha uma preocupação em esconder alguma coisa, não há porquê não aprovar o requerimento”, disse o parlamentar.
A discussão continuou fora dos microfones, entre Serafim, Guedes, Raulzinho (PSDB) e Amon, enquanto outros vereadores se pronunciavam sobre o assunto. A conversa rendeu, tanto que o líder do prefeito saiu dela convencido a aprovar o requerimento, sob a condição de a ManausCult, de Alonso Oliveira, liberar o projeto básico das festas, onde há o valor estimado que será gasto.
Requerimento travado
Na esteira dos eventos, Amon Mandel apresentou, de novo, um projeto de lei que sugere a proibição de concessão de incentivos fiscais a empresas que promovem ou contribuem para festas clandestinas em Manaus. O PL, que estava parado por um pedido de vistas, vai ficar um pouco mais de tempo na geladeira, graças a Sassá da Construção Civil (PT), que pediu vistas mais uma vez.