A alta nos casos globais de monkeypox, doença conhecida como ‘varíola de macacos’, não traz riscos de uma nova pandemia parecida com a Covid-19 no Amazonas, alertou a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Tatyana Amorim, em entrevista ao Manaus 360°.
Segundo ela, a monkeypox é motivo de cuidado e atenção, mas a doença já é conhecida pela comunidade médica e há uma vacina pronta contra o vírus. “O importante é manter as medidas de higiene, porque é uma doença infecciosa, transmissível principalmente por contato, que é a forma de transmissão”, explicou.
Mesmo disponível, a vacina não está nas unidades de saúde. “A última campanha que tivemos de vacinação contra a varíola foi na década de 1970. Na década de 1980, a varíola foi erradicada no mundo, então não temos a vacina disponível na rede. Isso é importante, essa vacina que existe é utilizada em situações específicas”, disse.
Sintomas e orientações
A diretora da FVS também ressalta que, até o momento, o Brasil não possui nenhum caso confirmado da doença. Segundo o Ministério da Saúde, até a segunda-feira (6), sete casos suspeitos foram notificados e eram investigados pelas equipes de vigilância em saúde.
De acordo com Tatyana, os sintomas da varíola de macacos são similares aos de outras doenças mais comuns. “Ela começa com a febre, adenomegalia — que são aqueles linfonodos inchados na garganta —, dor na garganta e dor muscular. Depois do quinto, sexto dia de sintomas podem aparecer as vesículas”, ressalta.
A FVS-AM orienta que, em casos de sintomas suspeitos, o paciente procure uma unidade de saúde e faça isolamento até a cicatrização das feridas. “Talheres e itens de higiene pessoal devem ser individualizados; roupa de cama tem que ser lavada e não pode ser compartilhada. Importante também a higiene das mãos e o uso do álcool gel”, salientou Amorim.