A procuradora Fernanda Cantanhede defendeu, nesta terça-feira (21), a união de forças entre o Ministério Público de Contas (MPC) e o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) em defesa do erário público e de princípios princípios administrativos como o da legalidade, moralidade e eficiência na gestão pública.
O discurso aconteceu durante a cerimônia em que Cantanhede assumiu o cargo de procuradora-geral do MPC, eleita para o biênio 2022-2024 e nomeada pelo governador Wilson Lima (União Brasil), que não compareceu ao evento.
Em sua fala, a nova procuradora-geral ressaltou o desafio de ocupar o cargo em um ambiente machista. “É impossível deixar de mencionar que o sexismo ainda está muito presente entre nós, sendo os cargos mais relevantes da sociedade ocupados em sua grande maioria ainda por homens”, lembrou.
Como primeiro ato oficial à frente do MPC, Fernanda Cantanhede designou Elissandra Monteiro Freire para o cargo de subprocuradora. Desta forma, os dois principais cargos na estrutura do Ministério Público de Contas serão ocupados por mulheres.
Cantanhede prometeu, ainda, instituir índices de avaliação da acessibilidade e infraestrutura, além do montante de verbas públicas desviadas nas prefeituras do Amazonas. Atualmente, o MPC já avalia a transparência pública das prefeituras e casas legislativas do estado.
Procuradora do MPC há 23 anos, Fernanda Cantanhede é formada em direito e pós-graduada em Direito Civil pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A nova procuradora-geral ocupa a vaga deixada por João Barroso, que esteve à frente do MPC nos últimos quatro anos, tempo máximo permitido em lei para o cargo.