O patrimônio deixado pelo ex-presidente da Câmara Municipal de Tabatinga João Carlos (PL) vai ser dividientre entre os herdeiros, mas parte dele, exatos R$ 97,5 mil, vão servir para pagar a glosa aplicada pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM). Isso porque o ex-gestor, falecido em fevereiro de 2021, teve as contas do ano de 2018 reprovadas nesta terça-feira (19).
Ao todo, João Carlos foi multado em mais de R$ 135 mil por irregularidades como o atraso no envio de balancetes mensais, não apresentação de relatórios de gestão fiscal e prestação de contas inadequadas das verbas de gabinete.
Ao Manaus 360°, a assessoria do TCE-AM informou que o relator do processo, conselheiro Júlio Pinheiro, pode optar pelo arquivamento do caso, mas que, em casos onde há aplicação de alcance (ou glosa), os respectivos valores abrangem o espólio do gestor, ou seja, os bens deixados por ele.
No jargão técnico, o alcance representa um gasto considerado irregular cujo valor total deve ser devolvido aos cofres públicos. No caso de João Paulo, dos R$ 135 mil em multas, um total de R$97,5 mil foram considerados em alcance.
Além de político, João Carlos era analista judiciário de carreira, servidor da Vara do Trabalho de Tabatinga. Foi vereador por quatro mandatos, secretário municipal de educação e de obras. Ele deixa esposa e 10 filhos, sendo dois adotivos.
Matéria alterada às 18h38 de terça-feira (19) para correção, uma vez que a multa não foi herdada pelos familiares do ex-presidente da Câmara de Tabatinga como dito anteriormente pelo Manaus 360º, mas sim retirada do patrimônio deixado pelo falecido*