Os dias estão cada vez mais quentes em Manaus. E o termômetro comprova: nesta terça-feira (26), a capital registrou temperatura máxima de 34,7 °C, a segunda maior do ano segundo dados do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Os consecutivos dias escaldantes elevaram também a média da temperatura no mês de julho, que costuma ser de 31,2 °C, mas neste ano é de 33,1 °C.
É tanto calor que a Defesa Civil emitiu um alerta de baixa umidade do ar na região sudeste do estado. As mensagens de alerta foram enviadas nesta terça-feira (26), via SMS, e viralizaram nas redes sociais. A expectativa é que as altas temperaturas e a baixa umidade permaneçam ao longo das próximos semanas.
Tradicionalmente, o período mais seco do ano no Amazonas ocorre entre os meses de julho e setembro, no chamado ‘verão amazônico’, onde a média da temperatura é de 33,5 °C e, em dias pontuais, o calor pode ultrapassar a marca dos 36 °C.
Para enfrentar o calor e a baixa umidade do ar, as dicas da Defesa Civil são: beber bastante líquido; evitar desgaste físico nas horas mais secas; e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.
‘Ilhas de calor’
O meteorologista e mestre em Clima e Ambiente, Willy Hagi, explica que o adensamento dos centros urbanos e as mudanças climáticas ajudam no aumento das temperaturas. “A área urbana é mais quente que a área de vegetação nativa. Então, a temperatura nesses locais acaba crescendo muito além do que deveria ser”, explica Willy.
Para vencer as ilhas de calor, as massas de ar frio têm que ser muito mais fortes. “Além das limitações geográficas, a gente tá falando de um bloco de concreto imenso e que esquenta muito”, acrescentou o meteorologista.
Além do crescimento urbano, o desmatamento e as queimadas na Amazônia também afetam o clima, alterando desde a ocorrência de chuvas até os períodos de chuva e seca nas cidades. “Isso não é projeção. Isso já é observado na nossa região”, conclui.