O ex-deputado federal Humberto Michiles (PSDB) foi oficializado, neste sábado (30), como candidato a vice-governador na chapa de Amazonino Mendes (Cidadania) ao governo do Amazonas. O anúncio ocorreu durante a convenção eleitoral conjunta entre Cidadania e PSDB.
Natural de São Paulo, Michiles é filho da ex-senadora Eunice Michiles, primeira mulher a representar o Amazonas no Senado Federal. Ele também começou dois cursos de graduação pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e não concluiu nenhum deles. O primeiro em Administração, em 1973, e o segundo em Direito, em 1978.
Um dos nomes favoritos de Amazonino Mendes desde o início das especulações em torno da vaga de vice, Humberto Michiles é avaliado como um político com bom trânsito no interior do estado.
Vida política
Assumiu o primeiro mandato como deputado estadual em 1979, pelo Arena (partido da Ditadura Militar). Foi eleito novamente deputado estadual em 1982, cargo que ocupou até 1992, quando foi eleito prefeito de município de Maués, pelo PPR. Em 1994, deixou a prefeitura e voltou a ser deputado estadual. Em 1997, ocupou o cargo de secretário de educação do Amazonas, já na gestão de Amazonino Mendes.
Em 2000, Humberto Michiles foi secretário de trabalho do então prefeito Alfredo Nascimento (PL). Em 2002, se elegeu deputado federal, com mandato até fevereiro de 2007. Em 2013, assumiu a secretaria de educação da capital, na gestão de Arthur Neto (PSDB). Em 2015, voltou à Câmara dos Deputados, onde ficou menos de um mês, dos dias 2 a 16 de janeiro.
‘Operação Navalha’
Em maio de 2007, Michiles teve seu nome ligado a uma investigação da Polícia Federal denominada ‘Operação Navalha’. Ele foi citado por envolvimento em um esquema de fraudes associado à construtora Gautama, acusada de desviar milhões de reais e de fraudar licitações públicas.
De acordo com a investigação, o ex-deputado teria recebido dinheiro de empresas ligadas à construtora citada, nas eleições municipais de 2004, quando concorreu a vice na chapa de Vanessa Grazziotin (PCdoB), e no pleito de 2006, quando tentou reeleger-se, sem sucesso, para a Câmara.
Humberto Michiles negou todas as acusações e não teve seu nome citado nos desdobramentos da investigação