O núcleo de vigilância de vírus emergentes do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz), realizou os primeiros sequenciamentos genômicos do vírus da monkeypox, popularmente conhecida como varíola de macacos, na região Norte. As duas amostras sequenciadas fazem parte da mesma linhagem do vírus em circulação em vários países, incluindo o Brasil.
Até então, os sequenciamentos realizados no país eram restritos ao eixo Sul-Sudeste. Em um total, foram 34 mapeamentos feitos no Brasil. A metodologia utilizada na Fiocruz Amazônia foi de metagenômica, que permite acessar a informação genética de qualquer patógeno.
“Os dados do Amazonas passam a integrar a rede de dados genômicos relativos à monkeypox no mundo”, afirma o virologista Felipe Naveca. Segundo ele, a Fiocruz dá mais um passo importante ao realizar a vigilância genômica do monkeypox, colocando o Amazonas como o único estado fora do eixo Sul-Sudeste a realizar o procedimento até o momento.
Monkeypox
A confirmação do primeiro caso da monkeypox no Amazonas foi feita em 27 de julho, pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). A doença geralmente começa com febre, fadiga, for de cabeça, dores musculares, sintomas semelhantes ao do resfriado ou gripe.
Alguns dias após o início da febre aparecem as lesões na pele, que contêm alta carga viral. A disseminação se dá pelo contato direto com as feridas ou com roupas, lençóis e toalhas usadas por alguém com as lesões na pele. As lesões aparecem principalmente na genitália e por isso tem-se discutido a transmissão sexual.