O juíz Fábio Lopes Alfaia, da 1ª vara da comarca de Coari, condenou Arthur Gomes da Silva pela morte da atleta britânica Emma Kelty, em 2017. Ao todo, o réu foi condenado pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), estupro, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
A soma das penas ficou em 32 anos, 6 meses e 1 dia de pena privativa de liberdade. Excluído o período em que o réu esteve em prisão cautelar, a pena concreta e definitiva é de 29 anos, 11 meses e 7 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, mais 234 dias-multa, a ser recolhida ao Fundo Penitenciário Estadual.
Conforme denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu em setembro de 2017, na praia do Boieiro, próximo à comunidade Lauro Sodré, zona rural de Coari, em que a atleta de canoagem estava acampando. A vítima decidiu navegar sozinha da nascente à foz do rio Amazonas, em viagem que começou no Peru e terminaria no Brasil.
Após ter sido alertada sobre os riscos fez uma postagem em rede social com os dizeres: “Em Coari ou perto (a 100 quilômetros acima do rio) meu barco será roubado e eu serei assassinada. Legal”.
Durante a instrução processual foram interrogados os réus e ouvidas testemunhas, e o conjunto probatório levou ao convencimento do magistrado sobre a comprovação dos requisitos exigidos por lei, resultando na condenação do réu.
Conforme consta na sentença, o crime foi cometido com uso de arma de fogo e faca, e “já morta, Emma Kelty teve o seu corpo jogado no Rio Solimões, que, devido às suas características, impede a localização de corpos e objetos”.