Recentemente, o novo Coronavírus (Covid-19) vem causando, além do alto índice de mortalidade, consequências econômicas e psicossociais indeléveis para a sociedade. A maneira de enfrentar e interagir com o mundo precisou ser alterada drasticamente, objetivando mitigar a propagação da doença. O isolamento social se apresentou como única medida fundamental e efetiva na contenção do avanço epidêmico sobre a população, o que inviabilizou as atividades cotidianas (Steffens, 2020).
Embora a principal via de transmissão pareça ser a respiratória, a SARS-CoV-2 foi encontrada no trato intestinal, nas glândulas renais e sudoríparas dos pacientes afetados e, portanto, pode ser excretada e transmitida por fezes, urina e suor.
Aplicação do ozônio
A literatura atual nos revela que o oxigênio triatômico (O3) ou terapia de ozônio (ozonioterapia), dentro das práticas integrativas, poderia ser proposto como uma estratégia viável e eficaz para atenuar os impactos da pandemia, sendo que o mesmo mostra ser um potente oxidante, reduzindo complicações decorrentes da inflamação pulmonar e inativando micro-organismos, incluindo o SARS-CoV-2 (Martínez-Sánchez et al,. 2020; Zheng et al., 2020; Valdenassi et al., 2020).
Ao discorrer sobre a trajetória histórica da Ozonioterapia passou a ser utilizada desde o século 19, com maior ênfase durante a Primeira Guerra Mundial. Médicos alemães e ingleses a utilizavam nas feridas e gangrenas dos soldados, conforme publicado na revista The Lancet, nos anos 1916 e 1917 com objetivo de modular a inflamação, reparar tecido, reduzir a dor, além de proporcionar efeitos antimicrobianos (inativação de bactérias, vírus, fungos, leveduras e protozoários), estimulação do metabolismo do metabolismo do oxigênio, e ativação do sistema imunológico celular e humoral (Di Paolo, 2004).
O oxigênio é usado em processos de oxidação biológico, mecanismo essencial para a obtenção de energia no nível celular. As propriedades químicas de oxigênio e suas espécies reativas são usados como mensageiros moleculares na terapia com O3. (Bocci,2009; Menéndez, 2008) a novidade da terapia com ozônio está em seu efeito comprovado contra o excesso de radicais livres, uma função que visa restaurar e melhorar as capacidades defensivas naturais de células contra oxidantes e radicais livres.
A infecção por COVID-19 cria tempestade de citocinas que é capaz de ativar células endoteliais. Outro aspecto importante na fisiopatologia dos pacientes com COVID-19 em estado crítico é que este vírus tem uma ação direta nas células epiteliais que cobrem os alvéolos pulmonares, produzindo envolvimento em o processo de troca gasosa. Em outras palavras, em COVID-19, dano alveolar difuso é criado levando a paciente com hipoxemia e acidose respiratória (Menéndez, et.al. 2008).
Como o ozônio age no organismo
Estudos realizados em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e asma brônquica têm demonstrou que o ozônio é capaz de melhorar fluxos e capacidades pulmonares, como fluxo expiratório forçado, capacidade vital total e capacidade vital forçada. (Calunga, 2011).
A terapia com ozônio é capaz de ativar enzimas antioxidantes endógeno. Esta protegeria o paciente COVID-19 do estresse oxidativo, o que amplificaria todos os eventos moleculares relacionados com inflamação e disfunção do sistema imunológico, pode ter um efeito endotelial anti-inflamatório e protetor no da membrana respiratória danificada no paciente com COVID-19, isso facilita a difusão dos gases respiratórios com um aumento na pressão parcial de oxigênio em sangue arterial (Arenas, et. al. 2020).
Os protocolos sugeridos, pela literatura, para aplicação do ozônio vão desde paciente pacientes saudáveis e covid-19 positivos assintomático e sintomáticos leves, moderados e graves sem ventilação mecânica.
A terapia com ozônio pode ser uma solução complementar em qualquer uma das fases do paciente com COVID-19 o que proporciona uma melhor evolução e impede o paciente chegar a uma unidade de terapia intensiva. O efeito disso tratamento como profilaxia pode causar o paciente através de seu fortalecimento e modulação do sistema imune tem uma evolução favorável e descomplicada (Arenas, et. al. 2020). A ozonioterapia é uma grande aliada que visa restaurar e melhorar a imunidade, pode ser aplicada pelo fisioterapeuta capacitado e demais especialidades da saúde.
Referências
Onde encontrar: Clínica Adriana Guerreiro
Rua 10, n°370, Conjunto Castelo Branco Parque 10.