A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vive dias de insegurança. Para além dos cortes orçamentários, uma onda de assaltos tem assustado estudantes do campus Arthur Virgílio Filho, em Manaus. Muitos deles reclamam das ações tomadas pela reitoria da Universidade.
Instalado em uma área de mata fechada, o campus universitário, hoje, é cenário de constantes casos de assaltos a ônibus — há registros de três roubos a uma mesma linha em menos de 24 horas —, inclusive, com ações violentas por parte dos criminosos.
Um grupo de estudantes marcou uma manifestação para a próxima terça-feira (29) para pedir o reforço da segurança na instituição.
Relatos colhidos pela reportagem do Manaus 360° revelam a sensação de insegurança generalizada entre estudantes e servidores da Universidade. Além de assaltos a ônibus, há relatos de assaltos a estudantes em salas de aulas e laboratórios do campus.
“Não é exagero quando dizem que os assaltos são constantes, ainda mais no período da noite. Todo mundo conhece alguém que já foi vítima [da ação dos criminosos] aqui na Ufam”, disse um dos estudantes ouvidos pela reportagem.
“Conheço colegas que não têm mais vontade de vir estudar por medo. As coisas estão ficando inviáveis, até porque a maioria aqui depende do transporte público para se deslocar”, relatou outra estudante.
Em maio, após o registro de ocorrências dentro do campus, a Ufam informou que realizaria reuniões para melhorar a segurança no espaço da universidade. Segundo os estudantes, apesar do reforço dos seguranças patrimoniais, os assaltos continuam.
Em julho, em nota conjunta, diversos centros acadêmicos denunciaram outros problemas dentro de campus, como a falta de iluminação em determinados pontos e a redução da frota de coletivos que atendem os estudantes.