O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do diploma do deputado federal reeleito Silas Câmara (Republicanos) por irregularidades nos gastos relacionados ao fretamento de aeronaves durante a campanha eleitoral. A partir disso, o parlamentar tem cinco dias para apresentar defesa.
O pedido foi assinado pela procuradora eleitoral Lígia Cireno Teobaldo. Ao todo, os gastos da campanha de Silas com o fretamento de aeronaves totalizou R$ 396 mil e incluem viagem para o Acre. Em outros voos, a lista de passageiros incluiu Dan Câmara, irmão do deputado federal e candidato a deputado estadual, e crianças de colo.
No documento, a procurada indaga “por qual razão o candidato fretaria um avião para levar diversas pessoas sem vínculo com a campanha, inclusive crianças de colo, para outro Estado da Federação, em uma viagem de ida e volta, com curtas paradas?”.
Com base nisso, o plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) desaprovou as contas de campanha do deputado federal. Teobaldo, então, considerou que os fatos apontados representam “gravidade bastante para a cassação do diploma”.