Um novo pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a concessionária Águas de Manaus recebeu a assinatura de 18 vereadores e alcançou o número mínimo necessário para que a Câmara Municipal de Manaus (CMM) instale os trabalhos da comissão.
A proposta da nova CPI partiu do vereador Elissandro Bessa (Solidariedade) e recebeu o apoio do grupo de parlamentares que elegeu Caio André (PSC) para a presidência da CMM. Desde 2021, no entanto, um outro pedido de CPI, de autoria do vereador Sassá da Construção Civil (PT), também tramitava na Câmara, mas com apenas 13 assinaturas — uma a menos que o mínimo regimental.
Na segunda-feira (13), Sassá e o vereador Marcelo Serafim (PSB) trocaram acusações sobre a realização da comissão. O ex-líder do prefeito acusou o petista de usar a CPI como pano de fundo para realizar negociações com a concessionária.
“Não fui eu que fui na empresa, para extorquir a empresa em troca de obra. Não fui eu que negociei para fazer obras com empresas ligadas a mim. Vossa Excelência lave a sua boca! Todo mundo aqui conhece o seu modus operandi“, disse o vereador.
Na sessão desta quarta-feira (15), Sassá questionou a necessidade da apresentação de uma nova CPI e lembrou que já havia um pedido em tramitação na Câmara. O vereador Rodrigo Guedes (Republicanos), que é co-autor de ambas as propostas, pontuou que a escopo do novo pedido é diferente.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Caio André, disse, ainda, que a mesa diretora vai pautar a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito assim que o pedido for formalmente protocolado na Casa legislativa.