A empolgação dos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) por uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a concessionária Águas de Manaus parece ter se esvaído desde o fim de fevereiro. Dezessete dias após a leitura do requerimento, as bancadas não indicaram nenhum integrante para compor a comissão.
De autoria dos vereadores Elissandro Bessa (Solidariedade) e Rodrigo Guedes (Republicanos), a proposta da CPI foi assinada por outros dezesseis vereadores, incluindo o presidente da CMM, vereador Caio André (PSC).
A composição da CPI deveria obedecer a proporcionalidade dos partidos na casa legislativa, mas da indicação dos integrantes é prerrogativa dos líderes de cada legenda. Todos os líderes fazem parte da base do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).
Prefeitura no alvo da CPI
Especula-se que a prefeitura de Manaus poderia acabar se tornando alvo da comissão. O vereador Marcelo Serafim (PSB), ex-líder de David Almeida, defendeu que a CPI não se ativesse apenas à Águas de Manaus.
“Quando você faz uma CPI como essa, onde tem uma concessão, o poder público também vai ser investigado acerca das suas responsabilidades”, afirmou durante sessão.
O atual vice-líder da prefeitura, vereador Raulzinho (PSDB), afirmou em entrevista ao site Estado Político que o Executivo Municipal não tem qualquer preocupação com a CPI e que teria liberado a base de apoio para lidar com a questão. Raulzinho também destacou que a concessão vem de gestões anteriores.
Questionado pela reportagem do Manaus 360°, o vereador Rodrigo Guedes afirmou que espera a formalização da CPI até esta quarta-feira (15).