O Manaus 360º apresenta imagens inéditas da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) que flagram deputados e servidores participando de aglomeração. A desobediência às medidas de segurança em tempos de pandemia também incluem a retirada da máscara em certos momentos, mas isso não é o recomendado pelo epidemiologistas.
Primeiramente, o estacionamento lotado do prédio da Casa Legislativa denuncia que a redução do trabalho de servidores presenciais não foi significativa. Além disso, os servidores que acompanham as sessões seguem a mais recente orientação e ficam juntos em pequenas salas próximas ao plenário. Antes, ficavam no próprio plenário da Assembleia do Amazonas em que estão os deputados, que é um ambiente mais amplo, o que evitava a aglomeração.
Cientista diz que máscara não tem efeito em meio a aglomeração
Por falar em antessala das sessões, a sala de imprensa, que é pequena, costuma ficar cheia, como registramos na quinta-feira (11), quando houve votação. Por fim, os próprios deputados se juntam em fotos, reuniões e até trocas de carinhos.
É bem verdade que o uso das máscaras é um dos itens observados por quem está na Assembleia. Entretanto, segundo o epidemiologista Jessem Orellana, usar a máscara em uma aglomeração não faz nenhum sentido. Isso porque, “máscaras usadas por populares servem basicamente como uma barreira que limita a transmissão do vírus”. “Não significa dizer que estou de máscara não transmito o vírus para ninguém e nem me contamino, não é isso”, explica o cientista.
“Então, quando há aglomeração, em grandes eventos, por exemplo, com centenas de pessoas, o uso das máscaras é praticamente irrelevante”, acrescenta Orellana. Somado a isso, o pesquisador informa que quanto mais “alto o tom de voz [que se usa] maior é a quantidade de aerossóis (suspensão de partículas finíssimas) que se joga no ambiente”. Portanto, Jessem Orellana esclarece que, em aglomerações usar a máscara não é sinônimo de proteção na pandemia.