Neste sábado, 29, a esquerda deixa de lado o “jejum” dos protestos, em meio à pandemia, e vai às ruas em todo o Brasil. E no Amazonas, além da capital, as cidades de Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Humaitá vão participar do movimento nacional que pede o “Fora Bolsonaro”. Para saber mais sobre as reivindicações da oposição, o Manaus 360º entrevista Rayane Garcia, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Amazonas.
“O que a gente está fazendo é perigoso […]. Mas, a gente acredita que se estamos na rua, se vamos protestar, é porque existe um perigo ainda maior [que a covid-19] que se chama Governo Bolsonaro”. Diz Rayane Garcia ao responder se a esquerda se iguala à direita ao fazer uma manifestação presencial em plena pandemia. Além disso, a representante da UNE explica que há “uma equipe de saúde responsável por distribuir máscaras, álcool em gel e orientar sobre o distanciamento social”.
Mais que o ‘Fora Bolsonaro’
A principal pauta nacional deste sábado é pedir o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Somado ao pedido geral, a estudante informa o que consta na lista amazonense do protesto: 1. Defesa da Zona Franca de Manaus; 2. Contra os cortes na educação; 3. Vacina para todos.
Para Rayane Garcia, o governo do capitão “ataca a Zona Franca de Manaus por molecagem”, por isso o assunto entrou na pauta local do protesto. “As ameaças que o Bolsonaro vem fazendo, por pura molecagem, ameaça aos senadores [que são do Amazonas e participam da CPI da Covid-19]. E quando a gente fala de ameaça à ZFM, a gente também está falando de ameaça aos recursos financeiros que vão para a Universidade Estadual do Amazonas (UEA)”, defende Garcia.
Como participar
Em Manaus, o protesto está marcado para às 15h, deste sábado, 29, no Largo São Sebastião, no Centro. Apesar da divulgação, os próprios organizadores não recomendam que todos participem presencialmente. “Se a pessoa teve sintomas da covid-19 nos últimos dias ou se mora com pessoas do grupo de risco, orientamos que não vá.”, esclarece Rayane Garcia. Ainda assim, quem não puder sair de casa vai conseguir participar do ato, mas de forma virtual. “Vamos disponibilizar links”, informa.
Aos que se farão presentes, é importante ficar atento quanto ao uso da máscara, do álcool em gel e buscar não fazer aglomeração. “É importante ir para casa assim que finalizar o protesto. Isso é para evitar que as pessoas fiquem aglomeradas em grupos”, alerta a estudante.