Nas Olimpíadas de Tóquio, no Japão, a principal marca do esporte amazonense foi não ter um representante sequer nos jogos. E se os talentos não obedecem às fronteiras geopolíticas, por que os nossos prodígios não tiveram a chance de brilhar? A resposta está longe dos campos, quadras e piscinas. Está numa simples caneta, que quando mal usada, pode mudar radicalmente a vida das pessoas.
Dilema
Antes de competir por uma medalha olímpica, a disputa é pela chance de viver do próprio talento. Para quem nasce em regiões distantes dos grandes centros brasileiros, a luta é ainda mais injusta: é preciso superar a distância, a falta de recursos e de estrutura para competir de igual para igual e, ao menos, tentar conquistar um lugar ao sol.
Muitos ficam pela metade. Não por falta de força de vontade, mas porque o jogo da sobrevivência não tem margem para erro.