O deputado federal Amom Mandel (Cidadania) cobrou o governador Wilson Lima (União) por uma solução para o colapso na saúde do Amazonas ocorrido nas últimas semanas. Segundo documentos e relatos, os médicos e enfermeiros que atendem unidades de saúde geridas pelo governo estadual estão há três meses sem receber.
Nas redes, Amom afirmou que “assegurar atendimento médico não é um favor, mas sim um direito da população, assim como garantir que os profissionais não passem meses sem receber por seus trabalhos”.
“Não dá para a gente ver que, aparentemente, o governo tem recursos para pagar artistas de renome nacional na Expoagro e não tem recursos para pagar os materiais básicos, os insumos, a manutenção dos equipamentos para a saúde do nosso estado”, disse.
O vídeo foi postado na última terça-feira (5). As declarações ocorrem poucas semanas após o governador Wilson Lima dar demonstrações públicas de que poderá apoiar o deputado estadual Roberto Cidade (União) na corrida pela Prefeitura de Manaus. A cadeira do prefeito David Almeida (Avante) também é objeto de interesse de Amom Mandel.
Pagamentos
Nesta quinta-feira (7), Wilson Lima postou um comunicado em seu Instagram afirmando que os serviços de saúde serão 100% normalizados. O governador se reuniu com “representantes das cooperativas médicas, juntamente com a equipe da SES [Secretaria de Estado de Saúde] e da Sefaz [Secretaria de Estado da Fazenda]”.
“Chegamos a um acordo e a categoria se comprometeu a retomar os atendimentos imediatamente, em todas as unidades de Saúde do Estado, além dos serviços de urgência e emergência que estavam acontecendo normalmente”, disse.
Segundo a ata da reunião, os pagamentos referentes a agosto de 2023 foram liquidados na terça-feira, menos para três empresas que deverão ser pagas apenas em 14 dedezembro.
O calendário de pagamentos definido na reunião foi o seguinte:
- Setembro/2023 – 21 de dezembro de 2023
- Outubro/2023 – 21 de janeiro de 2024
Os pagamentos de novembro e dezembro de 2023 devem ser discutidos em 15 de fevereiro de 2024. Já os débitos referentes a 2021 e 2022 serão unificados e o pagamento será dividido em cinco parcelas a partir de março de 2024.