Nesta quarta-feira (8), completa um mês dos ataques golpistas em Brasília (DF), às sedes dos três Poderes. Dentre os mais de 1.400 presos, sete são amazonenses. Os cinco homens e duas mulheres foram presos pela Polícia Federal por participação nos atos golpistas, que alegaram estarem no acampamento em frente ao quartel do Exército em Brasília, e não participaram das depredações.
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), junto à Defensoria Pública da União (DPU), acompanhou a situação dos amazonenses detidos durante o mês de janeiro, que avaliou as condições de custódia dos presos. A decisão de transferi-los para instituições penais do Amazonas cabe ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Parlamentar visita detidos do Amazonas
Nesta terça-feira (7), o senador amazonense Plínio Valério (PSDB-AM) visitou os presídio da Papuda (prisão masculina) e da Colmeia (prisão feminina), no Distrito Federal, para falar com os sete amazonenses presos pelos atos do dia 8. Em sua rede social, o senador disse que se sentiu comovido com a situação dos detidos.
O parlamentar disse, em vídeo publicado, que acredita na inocência de cada um e que não nota o perfil criminoso. Plínio Valério afirmou que os culpados devem ser responsabilizados, mas que é necessário garantir defesa aos que estão na cadeia injustamente.
Atos golpistas em Brasília
No dia 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse do presidente Lula, milhares de extremistas bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF. Um grupo saiu em marcha do acampamento instalado em frente ao quartel-general do Exército e ultrapassou a barreira de policiais militares. A dissolução total dos acampamentos em outras unidades foi anunciada pelo ministro Alexandre de Morais, inclusive a ocupação em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus.
Após decretos, a operação Lesa Pátria foi instalada pela Polícia Federal contra os bolsonaristas suspeitos de participarem dos atos de vandalismo.