Colecionador de inúmeras polêmicas, o prefeito afastado de Borba (AM), Simão Peixoto (PP), pode ter seu mandato cassado pela Câmara Municipal. O político será julgado por quebra de decoro do cargo e ter envergonhado a cidade publicamente.
Desde 2020, Peixoto cometeu uma série de atos considerados impróprios em relação ao cargo que ocupa. No auge da pandemia de Covid-19, o prefeito desafiou um ex-vereador, desafeto político seu, para uma luta estilo UFC. O caso gerou investigações por parte do Ministério Público do Amazonas e das autoridades de Saúde.
Durante a campanha eleitoral de 2022, Simão Peixoto foi filmado agredindo o deputado estadual Roberto Cidade (União), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), além de ameaçar a vereadora Enfermeira Tatiana (PTB). O último caso gerou a primeira prisão do prefeito, acusado de violência política de gênero.
Liberado, meses depois sua administração foi alvo da Operação Garrote, que apurava um esquema criminoso instalado na Prefeitura de Borba e que teria desviado mais de R$ 29 milhões. Peixoto foi preso dias depois e afastado do cargo, assumindo o vice-prefeito Zé Pedro Graça (PSD).
Até recentemente, Simão Peixoto contava com o apoio de oito dos nove vereadores de Borba, mas os últimos acontecimentos podem selar sua sorte diante do legislativo municipal.