O candidato à prefeitura de Coari (AM), Dr. Raione Cabral (Mobiliza), foi preso em flagrante na manhã desta quarta-feira (2) por agentes da Polícia Federal (PF). O político foi detido depois de lançar maços de dinheiro para a população em uma praça no centro da cidade, localizada a aproximadamente 330 km de Manaus. A ação foi registrada como uma possível violação do artigo 299 do Código Eleitoral, que caracteriza o crime de corrupção eleitoral e compra de votos.
A prisão ocorreu na Praça Getúlio Vargas, onde o candidato subiu na base da estátua do Cristo Redentor antes de começar a distribuir o dinheiro. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram uma multidão reunida ao redor da estátua, enquanto Cabral retirava os maços de uma bolsa e arremessava as cédulas para o público.
De acordo com a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, uma equipe completa, composta por delegado e investigadores, já estava na cidade apurando denúncias de possíveis crimes eleitorais. Após receberem a denúncia sobre a conduta do candidato, os agentes se dirigiram ao local e efetuaram a prisão em flagrante. Mesmo sendo detido, Cabral acenou para as pessoas que se aglomeraram na praça.
A princípio, Cabral será autuado por corrupção eleitoral, conforme informou a PF. No entanto, os investigadores ainda analisam se outros crimes podem ter sido cometidos. Até o momento, a defesa do candidato não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
No sistema de candidaturas do TSE, Dr. Raione Cabral aparece com sua candidatura deferida com recurso. A Justiça Eleitoral questionou a validade da convenção partidária que o oficializou como candidato, devido à ausência física de Cabral no evento. Ele havia solicitado o adiamento da convenção, mas, por orientação de seus advogados, manteve o evento de forma remota.
Cabral, que presidia a comissão provisória do partido, alegou que o problema foi uma questão formal, já que ele participou da convenção à distância por não estar na cidade no dia marcado. O caso segue em análise pela Justiça Eleitoral.