Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovaram mais uma moção de repúdio contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), por atribuir “parte da culpa pelas queimadas na região amazônica ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”. A moção é de autoria do vereador Capitão Carpê Andrade (Republicanos).
Somente o vereador Marcelo Serafim (PSB) votou contra a moção de repúdio. A votação foi simbólica e não houve discursos durante sua apreciação.
O vereador Capitão Carpê, por outro lado, parabenizou o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), subordinados à Polícia Militar do Amazonas (PMAM), pelo combate aos focos de calor registrados na região metropolitana de Manaus.
Em seguida, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) destacou a presença de militares enviados pelo Governo Federal para combater os incêndios na região. Sobre o repúdio à Marina Silva, Sassá pontuou que “Bolsonaro nem é mais presidente”.
Falas de Marina
Em coletiva de imprensa realizada no último dia 13 de outubro, a ministra Marina Silva relatou a problemática das queimadas no Amazonas e atribuiu a maior parte delas ao estímulo à grilagem de terras feito durante a gestão de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2022.
A ministra também chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de corajoso por deixar a BR-319, no primeiro momento, de fora das obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Marina Silva pontuou que as queimadas registradas no município de Autazes na última semana poderiam ser muito maiores se a rodovia estivesse recuperada.
A fala gerou mal estar com parlamentares amazonenses, que continuamente culpam Marina pelo não asfaltamento da rodovia.