O ex-superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes, pode ficar impossibilitado de concorrer à prefeitura de Manaus. Candidato mais votado ao Senado Federal na cidade de Manaus na esteira do bolsonarismo, que também emplacou a filha Débora Menezes (PL) na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o militar agora enfrenta rejeição de antigos aliados.
A crescente rusga entre Menezes e o deputado federal Alberto Neto (PL) para ter a indicação do Partido Liberal para concorrer à prefeitura resultou na expulsão de Menezes do partido após atacar o deputado por votar contra a reforma tributária. Enquanto se mantém no PL por decisão judicial, o coronel busca outros partidos que aceitem sua candidatura a prefeito.
Todos os partidos de direita, contudo, aparentam ter outros planos. Questionados pelo portal Direto ao Ponto, os presidentes dos diretórios amazonenses do Republicanos, Progressistas (PP), Partido Renovação Democrática (PRD) e Partido Novo (Novo) negaram que estariam negociação com Menezes para lançá-lo como candidato à prefeitura.
Silas Câmara, do Republicanos, disse que não tem conversado com ninguém sobre 2024. Rodrigo Sá, do PP, espera orientação do governador Wilson Lima (União). Eleito pelo Patriota, que se fundiu ao PTB para formar o PRD, o deputado estadual Felipe Souza é líder de Wilson Lima na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Todos estiveram na coligação que reelegeu Wilson Lima, que tende a apoiar Roberto Cidade (União).
Presidente do Novo em Manaus, Maria do Carmo Seffair disse que houve um convite para filiar Menezes, não para lançá-lo a prefeito.