Sempre que pode, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), marca território quando o assunto é a escolha de quem será o vice na chapa de Wilson Lima (União Brasil), pré-candidato à reeleição para o governo do Amazonas.
Nesta segunda-feira (25), Almeida, que tem alguns nomes em pauta, fez questão de postar nas redes sociais que teve um papo com o governador. A conversa, segundo a postagem, foi para alinhar detalhes para a escolha do nome que vai compor a candidatura.
A escolha
Após se aproximar de Wilson Lima, David Almeida aproveita qualquer oportunidade para mostrar que tem alguma influência no governo, tratando a escolha do vice na chapa à reeleição como uma missão ingrata diante das opções que tem e fazendo uma espécie de malabarismo para definir um nome desagrade menos aos que não forem indicados.
A ex-secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe (Avante) e o atual vice-prefeito de Manaus, Marcos Rotta (PP), chegaram a ter os nomes ventilados nos últimos meses, mas o favoritismo está entre Sabá Reis (Avante), que deixou o cargo de titular na secretaria de Limpeza Urbana (Semulsp) na expectativa pela indicação, e o procurador do Estado e ex-chefe da Casa Civil, Tadeu de Souza (Avante), considerado homem de confiança do prefeito e que é visto com bons olhos pelo partido para vaga de candidato à vice-governador.
Plano b?
Uma articulação recente indica que Tadeu lidera a corrida com vantagem mínima. O vereador David Reis (Avante), filho de Sabá Reis, indicou em convenção do partido no último final de semana que vai concorrer ao cargo de deputado federal, e não mais de estadual, como estava definido anteriormente.
Com esse novo cenário, Sabá ganha um “plano b”, uma vez que afirmou, à época que saiu da Semulsp, que não concorreria a uma vaga na Aleam para não disputar diretamente com o filho.
A importância do vice
Ao que tudo indica, a importância do vice na chapa à reeleição de Wilson Lima parece ser maior por conta da articulação para futuras eleições do que para o cargo em si, caso a situação vença em outubro.
Na prática, o vice não tem muitas atribuições, a não ser que assim seja designado ou busque por elas, sendo o cargo constantemente utilizado para costurar alianças políticas. Sem função delimitada, os vices servem para substituir o titular nas faltas, nas viagens, nas ausências, ou mesmo em caso de morte.