O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), renovou um contrato com a Reche Galdeano e Cia Ltda, empresa especializada em locação de veículos que tem um histórico recente negativo quando o assunto é envolvimento com órgãos públicos. O acerto é para a locação de nove veículos, sendo oito tipo sedan e uma picape, pela bagatela de R$ 182.400,00.
Na ponta do lápis, cada mês de contrato sai a R$ 15.200, o que faz com que, cada veículo alugado tenham um custo mensal, em média, de R$ 1.689. Firmado em fevereiro, o trato só apareceu no Diário Oficial da CMM na última terça-feira (15), e tem validade de 12 meses, até fevereiro de 2023.
Histórico negativo
A Reche Galdeano chegou a ser contratada pela Seminf, em 2017, de forma irregular e com suspeita de superfaturamento no valor do serviço. O órgão teria contratado primeiramente a empresa Merronit Comercial para realizar o serviço de locação de veículos, mas teria forçado um rompimento do contrato e deixado uma dívida de R$ 200 mil, à época. A Reche Galdeano teria entrado logo depois, com um valor de contrato 55% maior. As informações são de uma denúncia feita pelo advogado da Merronit, Hugo Levy, que entrou com uma ação de cobrança judicial, na época do caso, contra a cidade de Manaus.
O denúncia dizia que a Merronit Comercial tinha um contrato no valor de R$ 324 mil. Já o da Reche Galdeano, feito sem licitação, ficou em R$ 504 mil, para o mesmo serviço.
Relação estreita com a CMM
A Reche Galdeano já teve um outro contrato com a Câmara. Em 2015, ainda sob a gestão de Wilker Barreto (Podemos), que atualmente é deputado estadual, a Casa alugou 10 veículos e seis projetores pelo valor de R$ 198 mil. Este contrato chegou a ser alvo de investigação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por conta de possíveis irregularidades.
Licitação anulada
Em 2019, a mesma empresa chegou a ter um pregão presencial anulado pelo então governador Amazonino Mendes (Podemos). O acordo, na ocasião, era entre Reche Galdeano e Agência de Desenvolvimento Sustentável acabou sendo anulado junto com outros dois por irregularidades no processo de licitação.