O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador David Reis (Avante), afirmou nesta segunda-feira (6) que a ampliação da estrutura física do parlamento pode ser necessária no futuro, embora não seja uma prioridade no momento. Em entrevista à TV Tiradentes, Reis justificou que o crescimento populacional da cidade deve ser acompanhado por uma infraestrutura legislativa mais ampla.
Durante sua gestão anterior, entre 2021 e 2022, a proposta de construção de um novo prédio da Câmara, com orçamento de R$ 32 milhões, gerou grande polêmica. A obra, apelidada de “puxadinho milionário”, foi suspensa pela Justiça após ação movida pelos então vereadores Amom Mandel (Cidadania) e Rodrigo Guedes (Progressistas).
“Não é algo urgente, mas é algo necessário. Venderam muito, na época, que eu estaria fazendo uma Câmara para 55 vereadores. Não é isso. Eu não iria aumentar a quantidade de vereadores. O que aumenta a representatividade no legislativo é o crescimento da população. Hoje a cidade de Manaus tem os seus 41 representantes, mas um dia vai chegar no 55 e essa obra iria contemplar isso”, explicou.
Reis também rebateu as críticas ao projeto, destacando que o debate foi desviado de seu propósito inicial. “Venderam muito os R$ 32 milhões e não a utilidade, o tamanho e a serventia da obra”, afirmou. Ele também apontou problemas estruturais da Câmara atual, como a dificuldade de acomodar os 13 novos vereadores e a disparidade no tamanho dos gabinetes. “Os vereadores são todos iguais e entendo que nós temos que ter condições iguais para exercer o nosso trabalho”, completou.