O prefeito de Manaus, David Almeida (AVANTE), fez escola ao nomear a irmã dele, Dulcineia de Almeida, para o comando do Fundo Manaus Solidária. Isso porque, em Coari a prefeita em exercício, Dulce Menezes (MDB), reproduziu o ato, mas nomeou não um familiar, mas sim sete parentes para cargos públicos, conforme a denúncia publicada no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM). A diferença entre Manaus e Coari é que no interior o povo reclamou. Resultado, até agora, um dos sete foi exonerado.
Os sete agraciados pela prefeita, com salários que vão de R$ 1.5mil a R$ 6 mil, são: o filho dela, Ledeson da Cruz Menezes; Anne Karoline Mafra de Souza, nora, e os irmãos Josué da Cruz Figueiredo e Cynara da Cruz Monteiro. Por último, mas não menos importante, temos também os cunhados Valci Leitão de Araújo e Valdevino Leitão de Araújo.
Pressão popular nas redes de Coari
A história não para por aí, pois criticaram fortemente Dulce Menezes, nas redes sociais, depois da nomeação do filho dela, Ledeson. A prefeita não teve como escapar e o rapaz foi exonerado, mas teria recebido uma remuneração pelo tempo de trabalho entre os dias 13 de janeiro a 1º de fevereiro.
Já a denúncia recebida pelo TCE-AM pede uma medida cautelar e a exoneração dos outros seis familiares da prefeita. Yara Amazônia Lins, conselheira do Tribunal, vai analisar o pedido.
“Por fim, o Representante, diante dos fatos apontados através deste instrumento de fiscalização, requer, liminarmente, a expedição de determinação à Prefeita de Coari para que proceda com a exoneração dos servidores listados acima dos respectivos cargos em comissão […]”
Diário Eletrônico do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM).
Começou mal
Para quem não lembra, Dulce Menezes assumiu a Prefeitura de Coari há pouco mais de dois meses, no dia 1º de janeiro de 2021. A posse ocorreu depois que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) cassou os registros de candidatura de Adail Filho e Keitton Pinheiro, reeleitos ainda no 1º turno das eleições municipais de 2020.
Recentemente, no dia 4 de março, o TRE rejeitou um recurso contra a cassação dos políticos e ordenou novas eleições na cidade.