O deputado estadual Fausto Junior (União Brasil) disse, nesta quarta-feira (3), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo perseguido após assinar decretos que prejudicam a competitividade das indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus (ZFM).
Da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o parlamentar classificou como terrorismo as ações políticas que atribuem ao governo federal uma posição de antagonismo ao modelo econômico. Segundo ele, os dados oficiais do governo estadual mostram um crescimento da Zona Franca nos últimos meses.
“Os dados emitidos pela secretaria de Planejamento falam exatamente o contrário. Eu tô aqui trazendo que 60 novos projetos serão aprovados na próxima reunião do Codam [Conselho de Desenvolvimento do Amazonas] e que o nível de empregos gerados pela Zona Franca está crescendo”, argumentou o deputado.
Segundo ele, a classe política tem usado a ZFM como um discurso para atacar o presidente Bolsonaro e como uma pauta eleitoral. “A gente precisa expor esses dados positivos. Não adianta a gente vir aqui falar de opiniões ou de posicionamentos políticos”, ressaltou.
‘Governo de burros’
Em contraponto à fala de Fausto Jr, o deputado Sinésio Campos (PT) lembrou a fala do prefeito da capital, David Almeida (Avante), que disse na segunda-feira (1°) que o governo federal é um “governo de burros”. Ex-aliado de Bolsonaro, David rompeu com o presidente após os decretos prejudiciais à Zona Franca.
“Vai muito além de pensamentos ideologicamente construídos. É um governo de não gosta do Amazonas, que não gosta desse modelo. Essas figuras [políticas] não podem ser inimigas do modelo Zona Franca de Manaus”, rebateu o petista.