A Justiça vai punir os “fura-filas” da vacina contra a Covid-19, segundo a juíza federal, Jaiza Fraxe, declarou em uma decisão publicada na manhã de hoje (17). Com isso, o banco dos réus vai ficar lotado. Primeiramente, há um lugar para a secretária de Saúde do município, Shádia Fraxe. Em seguida, senta o secretário Sabá Reis, da Secretaria Municipal de Limpeza Pública. E, por fim, Jane Moraes, secretária da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos.
Mas na lista de “fura-filas” não acaba nos secretários municipais. Isso porque, as irmãs gêmeas da família Lins e outros oito médicos recém-formados também vão encarar a Justiça. Segundo a magistrada, eles podem ser enquadrados nas “penas da lei de improbidade, criminais e cíveis”.
Para a juíza está bastante nítido que esse grupo de pessoas antecipou os lugares deles na fila da vacina. Tão claro que, na decisão, ela trata como indiscutível, “[…] não cabendo mais qualquer debate nos presentes autos”. E a magistrada ressaltou que, agora, “resta-lhes as penalidades futuras em processos autônomos, individuais e distintos”. Em outras palavras, é cada um por si.
Prova do crime
E a juíza notou a exoneração dos médicos, “fura-filas”, da prefeitura de Manaus. Na decisão, ela cita que esse abandono do cargo público de todos os “gerentes de projetos” é prova de que os envolvidos têm consciência de que cometeram uma ilegalidade.
Apesar de Fraxe falar do episódio da exoneração dos novatos da medicina, ela não citou o prefeito, David Almeida (Avante). Mas, vale lembrar que o “menino do morro” assinou a contratação e exoneração das Lins e companhia. Além disso, defendeu os “fura-filas” publicamente em entrevistas.