Lideranças sindicais de setores ligados à indústria amazonense discutem a realização de uma greve geral no Polo Indústria de Manaus (PIM) em resposta à prorrogação do decreto que reduz em 25% a alíquota do IPI e reduz a competitividade das empresas instaladas na Zona Franca de Manaus (ZFM).
Os sindicalistas devem se reunir para discutir a paralisação em assembleia na próxima quarta-feira (10), com a participação de ao menos 10 entidades sindicais. Antes disso, entidades de classe marcaram uma reunião com o governador Wilson Lima (União Brasil) para esta sexta-feira (9), quando o governador deve apresentar as medidas tomadas pela gestão estadual.
A possibilidade de greve no PIM foi apontada ainda no mês de março pelo vereador Sassá da Construção Civil (PT), durante sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Na época, o parlamentar apresentou um abaixo-assinado que continha, segundo ele, mais de 10 mil assinaturas de trabalhadores do PIM.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal), Valdemir Santana, as medidas tomadas pelo governo federal mostram que cenários piores para a Zona Franca ainda estão por vir.
“Se esse decreto não for logo reeditado, as empresas que estão instaladas na ZFM não irão ficar aqui, em Manaus, vão para outro lugar onde a logística seja acessível, perdemos a competitividade e os empregos gerados aqui estão em perigo, ameaçados”, protestou.
Segundo Sassá, além do Sindmetal, o movimento é analisado por outros sindicatos como o do setor plástico, da construção civil, do transporte urbano, além de articulações com a Central Única dos Trabalhadores (CUT).