Professores da rede pública de ensino do Amazonas e trabalhadores do transporte público da capital aprovaram, nesta quinta-feira (11), a realização de paralisações a partir da próxima quarta-feira (17). Os sindicatos de ambas as categorias realizaram assembleias para decidir sobre a greve.
Os trabalhadores do sistema rodoviário esperam paralisar 100% do transporte coletivo de Manaus caso as negociações com a prefeitura de Manaus não avancem. O reajuste é referente ao dissídio, que é a correção salarial baseada na inflação e que é direito dos trabalhadores de carteira assinada.
A categoria pede reajuste salarial de 12%, após dois anos sem reajuste (2020 e 2021) e o dissídio salarial parcelado em 2022.
“Se até quarta-feira os trabalhadores e sua liderança não tiver uma resposta definitiva sobre o dissídio coletivo, não restará outra saída a não ser o movimento grevista”, reforçou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário, Givancir Oliveira.
O sindicato das empresas que operam no transporte público (Sinetram) afirmou que busca uma solução sobre o reajuste do salário dos trabalhadores, mas defende o aumento no preço da passagem de ônibus, congelada em R$ 3,80 desde 2017.
Greve de professores
Convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), mais de 2 mil trabalhadores da educação participaram da reunião na Praça da Saudade, no Centro de Manaus. A decisão pela greve foi unânime. Após a assembleia, os trabalhadores percorreram ruas do centro de Manaus, em caminhada.
A categoria reivindica, entre outras coisas, 25% de reajuste salarial das datas-bases 2022 e 2023, o cumprimento das progressões por titularidade e tempo de serviço e plano de saúde para aposentados de secretaria de Educação (Seduc).
Segundo a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, os trabalhadores tentam, desde o início de janeiro, uma audiência com o governador Wilson Lima (União Brasil). Uma pauta de reivindicações foi entregue ao secretário de governo, Sérgio Litaiff, mas, até o momento, não houve avanço nas negociações.
“Para o cumprimento da lei, instalaremos a greve somente no dia 17 de maio, às 9h, em frente à Assembleia Legislativa do Estado. Enquanto isso, iremos para a escola para conscientizar mais trabalhadores, pais e estudantes sobre o nosso movimento”, explicou Ana Cristina.