Apesar da decisão do desembargador Domingos Chalub, que proibiu a greve dos professores da rede estadual, trabalhadores da educação paralisaram as atividades, nesta quarta-feira (17), e realizaram protestos em frente à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em Manaus, e em municípios do interior do estado.
A categoria reivindica, entre outras coisas, 25% de reajuste salarial das datas-bases 2022 e 2023, o cumprimento das progressões por titularidade e tempo de serviço e plano de saúde para aposentados.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, a greve é uma demanda da categoria e apenas validada pelo sindicato.
“Embora a Justiça do Amazonas esteja contra os trabalhadores, é preciso que nós, trabalhadores, nos mantenhamos firmes nessa luta para não amargar por mais três anos com esse governo que não valoriza os trabalhadores e engana a Justiça dizendo que está cumprindo as leis em relação à nossa categoria, o que não é verdade”, destacou ela.
A sessão da Aleam foi suspensa durante os atos e uma comissão de professores foi convidada para uma reunião com deputados estaduais da base governista, que prometeram intermediar os diálogos com o governo do Amazonas.
Na segunda-feira (15), após ação civil pública movida pelo governo contra o Sinteam, o desembargador Domingos Jorge Chalub, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), determinou a suspensão da paralisação, com multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento da decisão.