O caos instalado pela eleição suplementar em Coari vai ganhando contornos “perigosos”. Nesta quarta-feira (25), um dos integrantes da comitiva do candidato Keitton Pinheiro (Progressistas) foi alvejado nas costas.
Marcos Peres do Nascimento, de 23 anos, que é representante da comunidade LGBTQIA+ na chapa dos Pinheiro, estava voltando do comício de seu candidato, quando teria sido abordado por um homem a pé, que, segundo a vítima, proferiu ofensas homofóbicas e atirou.
Ele foi socorrido e, em seguida, levado ao Hospital Regional de Coari (HRC). O jovem ativista não corre risco de morte, mas segue em observação médica.
Guerra de versões
Marcos, que estava acompanhado de amigos, foi o único atingido. O caso abriu espaço para uma verdadeira guerra de narrativas na cidade. De um lado, há a versão de que os tiros resultaram de uma tentativa de assalto. Já a própria vítima fala em atentado.
“Foi um atentado. Estou em recuperação, não posso falar muito no momento, porque fico cansado e dói muito meu peito”, resumiu Marcos, ainda do hospital.
Em nota, a Polícia afirmou que o caso será investigado, mas não revelou detalhes sobre a investigação. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado.
Troca de acusações
Após o episódio, o ex-prefeito de Coari e primo de Keitton, Adail Filho (Progressistas) chegou a publicar um vídeo nas redes sociais chamando o episódio de atentado e imputando responsabilidade ao governador Wilson Lima (PSC), que está apoiando o candidato Robson Tirandentes Jr (PSC).
Ex-prefeito de Coari, Adail Filho foi reeleito no pleito 2020, mas teve o diploma cassado pela Justiça Eleitoral que entendeu que a eleição de Adail marcava o terceiro mandato consecutivo de um mesmo núcleo familiar, o que é vedado pela legislação brasileira.
Principal rival de Keitton Pinheiro, o candidato Robson Tirandentes Jr. publicou uma nota de repúdio ao fato, citando fake news que estariam sendo disseminadas ligando ele ao suposto atendado.