Ministro Luís Roberto Barroso visitou Manaus para conferir fabricação de urnas e explica sobre segurança no sistema do TSE e nas urnas eletrônicas.
A visitação aconteceu na manhã de hoje (13), na linha de produção da empresa Positivo Tecnologia que venceu a licitação e está fabricando 225 mil urnas, de um total de 557 mil que serão usadas nas Eleições Gerais de 2022.
Além do presidente do TSE, participou da visitação o presidente do TRE-AM, desembargador Wellington Araújo junto ao vice-presidente, desembargador Jorge Lins, jo Ministro Mauro Campbell e presidente da empresa Positivo, Hélio Rotenberg.
Renovação das urnas
“Esse é um momento simbolicamente importante. Estão sendo fabricadas pela empresa vencedora da licitação as placas Mãe do terminal do mesário e do eleitor. A produção está em larga escala aqui em Manaus, portanto, eu vim visitar a fábrica onde a placa mãe da urna eletrônica está sendo fabricada. Isso é importante porque estamos renovando em 225 mil urnas, que é um grande esforço para conseguir peças em um momento que há escassez no mercado mundial”, declarou o presidente do TSE, Roberto Barroso.
Com o acompanhamento da produção, também foi criada uma comissão de transparência com representantes da sociedade e entidades governamentais, como Tribunal de Contas, Polícia Federal, Forças Armadas e Ministério Público. O objetivo é fiscalizar o processo de segurança e funcionamento das urnas eletrônicas utilizadas em 2022. “Todos inspecionam cada passo desse processo, e como disse, já houve dois passos: a abertura do código fonte – para todo mundo inspecionar o programa da urna – e o teste público de segurança em que nós procuramos identificar vulnerabilidades e consertá-las”.
Urnas hackeadas
Outro ponto esclarecido por ministro Barroso foi a segurança das urnas e a possibilidade de hackear dados no momento da eleição, considerando o reforço às medidas de segurança no Tribunal. “Os sistemas do TRE são passíveis de ataque como todos os sistemas do mundo, porém, o resultado da eleição é impossível de ser manipulado pois o ataque ao sistema não dá acesso a urna porque ela não entra em rede.”, explica o ministro sobre a segurança do aparelho.
“Isso significa que o código fonte e os programas são desenvolvidos, inspecionados por todas as entidades e partidos, depois ele é lacrado – que é uma assinatura digital – a partir da lacração, aquele programa simplesmente não roda mais se ele for adulterado. Esse programa é mediante um pen-drive que é inserido fisicamente nas mais de 500 mil urnas também em uma sessão pública, então não há como chegar a urna eletrônica. Se alguém derrubar um sistema de teste no dia da eleição – o que nunca aconteceu – mas se alguém conseguisse fazer isso, o resultado das eleições ainda assim não seria comprometido porque ao final do dia a urna imprime o boletim com o resultado da eleição.”, esmiúça Barroso.
“Portanto, a votação termina às 17h, assim o boletim é impresso e distribuindo aos fiscais de partidos e colocado na internet. A eleição acaba e o resto é somente a operação de soma em um super computador”, conclui o ministro.
Mudanças
As urnas que estão em processo de fabricação são mais modernas, seguras, com mais requisitos de acessibilidade e serão distribuídas em todo o Brasil para a próxima eleição. “Há inovações importantes na urna 2020, inovação de designer, como a velocidade, processadores dezoito vezes mais velozes do que o último modelo e também há mudanças no sentido de uma maior economia, nós estamos mudando a tecnologia da bateria da urna justamente para que ela dure toda no processo de votação”, explicou o Secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente.