Enquanto passam de 600 os casos confirmados de monkeypox, popularmente conhecida como ‘varíola de macacos’, no Brasil, o Amazonas investiga um caso suspeito e ainda não há nenhuma confirmação da chegada da doença ao estado.
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), o caso em investigação se trata de um homem, entre 20 e 30 anos, residente em Manaus, que apresentou sintomas como febre, aumento dos linfonodos do pescoço, dor de cabeça, sensação de fraqueza e falta de energia, dor muscular e erupção cutânea.
Neste fim de semana, o Ministério da Saúde anunciou que negocia, via Organização Mundial da Saúde (OMS), a compra de vacinas contra a doença. A pasta ressaltou, no entanto, que não há previsão para a vacinação em massa da população contra a monkeypox.
De acordo com a nota do MS, a recomendação, até o momento, é que sejam imunizadas pessoas que tiveram contato com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional diante da exposição ao vírus. Na classificação da OMS, o Brasil não é um país endêmico para a varíola de macacos.
Emergência internacional
A OMS decidiu no sábado (23) declarar que a varíola de macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional.
“Temos um surto que se espalhou rápido pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Monkeypox
Causada pelo vírus hMPXV, a varíola de macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos e superfícies utilizadas pelo doente.
Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. O maior risco de agravamento se refere, em geral, a pessoas imunossuprimidas, como pacientes com HIV, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, nos pés, no peito, no rosto ou em regiões genitais.
Para prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.