O advogado Raione Cabral, conhecido por disputar a Prefeitura de Coari, foi preso pela Polícia Federal na última quinta-feira (21) e, posteriormente, liberado. A detenção foi determinada pelo desembargador João Simões, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), após o julgamento da candidatura do prefeito eleito Adail Pinheiro.
Após ser solto, Raione divulgou um vídeo em seu perfil no Instagram, onde falou sobre o ocorrido. “Estamos saindo daqui da sede da PF em Manaus. Viemos prestar esclarecimentos sobre os fatos que ocorreram, hoje, lá no plenário do Tribunal Eleitoral do Amazonas e não retirei uma vírgula sequer. Reafirmei que entendo que Caio Borges envergonha a justiça do Amazonas. Não retirei e nem retiro uma vírgula”, argumentou o político.
Entenda
Raione, que é um dos responsáveis pela ação que tentava impedir a candidatura de Adail por inelegibilidade, perdeu a compostura ao ouvir a decisão que manteve o registro do prefeito. Insatisfeito com o desfecho, ele dirigiu ofensas ao juiz Cássio André Borges, relator do caso, durante a sessão.
Após proferir os xingamentos, Raione saiu do plenário, mas a atitude não passou despercebida. O juiz Fabrício Frota Marques interrompeu a sessão para informar o ocorrido ao presidente do TRE-AM, que acompanhava os trabalhos remotamente. Diante da situação, João Simões suspendeu a sessão e determinou a prisão em flagrante do advogado.
Raione foi interceptado enquanto deixava o prédio do tribunal, conduzido para uma sala destinada a advogados e, em seguida, levado à sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.
Essa é a terceira vez que Raione Cabral é preso em um curto período. Durante as eleições, ele já havia sido detido em flagrante por suspeita de compra de votos, após protagonizar uma cena polêmica ao jogar dinheiro na Praça do Cristo, em Coari. Posteriormente, foi preso novamente por descumprir os termos que o permitiam responder ao processo em liberdade.