A cardiologista Ludmila Hajjar calcula que 500 a 600 mil pessoas ainda vão morrer no Brasil, se Jair Bolsonaro (sem partido) insistir no negacionismo. Essa declaração foi feita pela médica à Globo News, logo depois de Hajjar negar assumir o Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (15).
Quer dizer, a Ludmila Hajjar não aceitou substituir o general Eduardo Pazuello na pasta por discorda do “tratamento precoce” e ser favorável ao isolamento, ideias defendidas pelo negacionismo. “Perdeu-se muito tempo com esses medicamentos que não funcionam”, afirma Hajjar. Ela aposta na ciência no combate a Covid-19, ao contrário da linha de pensamento atual do presidente da República.
Quem será o quarto ministro da Saúde?
Outro nome que está cotado para o ministério também é médico, Marcelo Queiroga, representante da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para Hajjar, se Queiroga assumir a pasta, ele não vai se alinhar as ideias negacionistas de Bolsonaro. “Espero que seja uma pessoa que consiga colocar o Brasil no caminho certo”, torce Ludmila Hajjar quando o assunto é quem será o próximo ministro da Saúde.
Apesar da discussão sobre quem vai aceitar assumir a Saúde do Brasil, Pazuello segue em exercício e nega à imprensa que vai deixar o cargo. Em 16 de maio de 2020, o general assumiu a pasta da qual está se despedindo. Naquela época, o país tinha 15.662 mortes, agora, são mais de 270 mil vítimas.