A secretaria esse educação do Amazonas anunciou nesta terça-feira (4) as principais mudanças de estrutura e carga horária do Novo Ensino Médio na rede estadual.
A nível nacional, a proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2017, a partir da Lei n°13.415/2017, que muda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD).
Estrutura
Uma das mudanças previstas é a divisão da estrutura do ensino médio em duas partes: a Formação Geral Básica (FGB), onde o currículo é comum a todos os estudantes; e os Itinerários Formativos, que são o conjunto de disciplinas, projetos, oficinas e núcleos de estudo que os estudantes poderão escolher.
Dessa forma, as redes de ensino poderão definir quais os Itinerários Formativos vão ofertar, desde que priorize um processo que envolva a participação de todos os estudantes. Já no FGB, a formação é dividida em quatro áreas de conhecimento, que seriam Matemática, Linguagens, Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais.
Carga Horária
Outra mudança será a carga horária das aulas, que passa de quatro para cinco horas diárias e totalizam mil horas anuais. Entretanto, essa distribuição de horas ainda será definida pela Secretaria de Educação, considerando que o objetivo é cumprir 3 mil horas totais nos três anos do Novo Ensino Médio, com 200 dias de aulas a cada ano.
Essas novas regras serão aplicadas de forma progressiva, por exemplo, a 1° série do ensino médio vai ser alterada em 2022, já em 2023 será a vez da 2° série e em 2024, por fim, a 3° série será incluída.
Outras escolas
Já as escolas de tempo integral e as bilíngues, seguirão uma carga horária de 4,2 mil horas anuais e dentro dos Itinerários Formativos, serão apresentadas as Unidades Curriculares Eletivas Orientadas (UCEO), onde estudantes podem aprofundar em seus estudos nas áreas de conhecimento que mais se identificam.
Mudanças e expectativas
O ponto principal do Novo Ensino Médio é o protagonismo dos alunos que terão mais espaço para refletir e opinar a partir do novo método, de acordo com a diretora do Departamento de Política e Programas Educacionais (Deppe), Adriana Antonaccio.
“Hoje, a gente vai permitir que o estudante seja mais reflexivo, o professor vai instigar o estudante em espaços formais e não formais, o que é muito inteligente, porque o aluno não vai estar dentro de sala de aula, no quadro branco, com o professor”, afirmou a diretora do Deppe.