A crise de oxigênio, superada pelo Amazonas, chega à São Paulo (SP). Dez pessoas que lutam, na pandemia, contra a Covid-19 foram transferidas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ermelino Matarazzo, Zona Leste da cidade de São Paulo, devido a falta de oxigênio medicinal. Isso porque a fornecedora, White Martins, mesma que abastece o Amazonas, não deu conta da demanda paulistana, segundo o secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido, revelou para o O Globo, neste sábado (20). Mas, a empresa nega problemas no fornecimento.
Em nota, White Martins defende que alerta a prefeitura sobre os perigos de transformar UPAs, em tese locais para o primeiro atendimento, em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde os doentes são entubados. De acordo com a empresa, o perigo é porque as UPAs não têm a estrutura correta para receber o oxigênio, com isso, a pressão e outros fatores são sacrificados quando se tenta improvisar. Então, o fornecimento não é o adequado e se conclui que há falta de oxigênio, o que não é verdade, conforme a White Martins.
A previsão é que 76 municípios vão ficar sem oxigênio
O fato é que o consumo de oxigênio da cidade de São Paulo triplicou na atual fase da pandemia, segundo o secretário da Saúde. De janeiro à março, a demanda aumentou de 55 mil m³ para 178mil m³ por dia. Para tentar conter a crise, Aparecido busca ajuda da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Além disso, a prefeitura, comandada por Bruno Covas (PSDB), estuda baixar um decreto para regular a distribuição de oxigênio na metrópole.
De acordo com um levantamento da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), realizado entre nas últimas quinta e sexta-feira, indica que o oxigênio para pacientes de Covid -19 está prestes a acabar em pelo menos 76 municípios de 15 Estados.