Afastado pela Justiça do Amazonas, o prefeito de Borba, Simão Peixoto (PP), se entregou à polícia na manhã desta segunda-feira (29). O gestor estava foragido deste a última terça-feira (23), quando o Ministério Público do Amazonas (MPAM) deflagrou uma operação para desarticular um esquema de corrupção no município. Nove parentes de Peixoto, servidores públicos, assessores e empresários foram presos no âmbito da Operação Garrote. Ao saber que era um dos alvos, Peixoto fugiu de Borba em uma lancha ao lado da primeira-dama Aldine Mirella de Souza, também investigada.
Os suspeitos são acusados de fraude em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. O esquema, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), envolvia a simulação de licitações por agentes públicos, as quais eram direcionadas para que os empresários que participavam do grupo vencessem os contratos e transferissem recursos públicos para parentes de Simão Peixoto. O MPAM estima que mais de R$ 29 milhões foram desviados.
Além de Simão e Aldine, são investigados pelas autoridades:
- Aldonira Rolim de Assis, cunhada do prefeito;
- Keliany de Assis Lima e Kaline de Assis Lima, sobrinhas do prefeito;
- Adan Freidas da Silva, enteado do prefeito;
- Edival das Graças Guedes e Ione Azevedo Guedes, sócios do Mercadinho Du Primo, empresa que deu pontapé inicial à investigação;
- Maria Suely da Silva Mendonça, prestadora de serviços da prefeitura;
- Michele de Sá Dias, secretária de finanças do município;
- e Kleber Reis Mattos, preogeiro.
O prefeito foi afastado por até 90 dias do cargo. Em seu lugar, tomou posse o vice-prefeito Zé Pedro Graça (PSD).