O Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 prevê um orçamento de R$ 10,5 bilhões para a Prefeitura de Manaus, representando um aumento significativo em relação aos R$ 9 bilhões de 2024. O incremento é justificado por desafios econômicos e pelos impactos climáticos, como a severa estiagem enfrentada na região.
A proposta destaca a necessidade de priorizar políticas públicas voltadas à assistência das populações mais afetadas, propondo o redirecionamento de recursos públicos para mitigar os danos causados por fenômenos climáticos. No entanto, apesar dessa diretriz, a LOA destinou apenas R$ 35,8 milhões à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (Semmasclima), responsável por ações de combate às mudanças climáticas.
As principais áreas que receberão a maior alocação de recursos são educação, saúde e infraestrutura. Para a educação, está prevista uma aplicação de R$ 2,8 bilhões, o que corresponde a 26,6% do orçamento total. Na saúde, serão investidos R$ 1,9 bilhão, representando 18,3% da dotação, com foco na manutenção e ampliação dos serviços de saúde pública.
O setor de infraestrutura também receberá uma parcela significativa do orçamento, com R$ 1,7 bilhão, equivalente a 17,1% do total, para assegurar a continuidade de obras essenciais que promovem a mobilidade urbana e a expansão de serviços públicos fundamentais.
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) terá à disposição R$ 301,3 milhões. Além das áreas prioritárias, o orçamento destina R$ 632 milhões à previdência municipal e R$ 1 milhão para outras despesas de pessoal.
Outras alocações incluem R$ 375,9 milhões para o setor de transporte, R$ 322,7 milhões em reserva de contingência, R$ 107,2 milhões para cultura, R$ 81,7 milhões para saneamento, R$ 67,7 milhões para habitação, R$ 62,2 milhões para segurança pública, R$ 53,8 milhões para a Justiça, R$ 47,2 milhões para trabalho e R$ 28,9 milhões para comércio e serviços.
Por fim, o orçamento destina R$ 388,9 milhões para a amortização da dívida do município e outros R$ 352,8 milhões para juros e encargos da dívida. A proposta orçamentária, portanto, reflete a necessidade de atender às demandas emergenciais da população, ao mesmo tempo que busca garantir a continuidade de serviços essenciais.