A presidente do Partido Socialismo e Liberdade no Amazonas (Psol-AM), Rosilane Almeida, confirmou, nesta terça-feira (2), ao Manaus 360° que o candidato do partido ao governo do Amazonas é o advogado Marcelo Amil, indicado em convenção realizada no último domingo (31).
Os bastidores da sigla estão em ebulição por conta de um racha interno. O diretório do Psol divulgou uma nota na segunda-feira (1°) invalidando a convenção e exigindo a chapa majoritária formada pelo médico indígena Israel Tuyuka e a oficial de justiça Marília Freire, conforme decisão da conferência eleitoral do partido.
Por outro lado, Rosilane afirmou que a convenção de domingo seguiu todos os ritos previstos pela legislação eleitoral e que o Psol vai homologar a candidatura até quinta-feira (4), quando está marcada a convenção da federação Rede-Psol no Amazonas.
Há também a possibilidade de uma intervenção da executiva nacional do partido na decisão de qual chapa deve representar o partido na eleição estadual.
“Até o momento, o candidato é Marcelo Amil. A gente sabe que o método legal, conforme a legislação eleitoral e partidária, é a convenção, que a gente fez na legalidade, com a convocatória, convidando, apresentando na convenção a nominata dos candidatos inscritos. Usamos toda a forma democrática vigente, conforme o estatuto”, explicou.
Sobre o posicionamento do diretório, ela justificou que a nota divulgada não tem seu aval. “Quem assina é o diretório, o que é ilegal. Desde o início que eles vêm tentando tumultuar. Uma liminar garante que apenas eu, como presidente, posso fazer convocatórias”, enfatizou.
Alguém tem que ceder
A presidente se disse otimista em relação à resolução do conflito dentro do partido, responsabilizando um grupo de 13 pessoas, sem revelar nomes. Para ela, a Justiça deve levar em consideração a forma como a convenção que indicou Amil foi realizada.
“Estamos muito otimistas, porque achamos que, por tudo que foi feito, legalmente, a justiça vai prevalecer. Estamos em comum acordo com a militância do Psol em geral, não com essas 13 pessoas. Eu acredito na Justiça”, completou.
Mesmo acreditando que a celeuma terá uma resolução até a eleição, Rosilane jogou a responsabilidade de ceder para o grupo que discorda da presidência, falando em vaidade.
“É possível chegar a um senso comum, desde que algumas pessoas trabalhem o coletivo e o bem comum do partido. As militâncias que constroem o partido de verdade são um instrumento de luta em defesa da classe trabalhadora. Algumas pessoas do partido precisam se despir da vaidade e de achar que tem domínio das coisas”, concluiu.